quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rosinha e Veneri defendem candidatura própria do PT em coletiva

19/07/2011












O deputado federal Dr. Rosinha e o deputado estadual Tadeu Veneri defenderam na tarde de segunda-feira (18), em coletiva de imprensa, a necessidade de o PT lançar candidatura própria à prefeitura de Curitiba em 2012. Tanto Rosinha quanto Veneri já se colocaram à disposição do partido para concorrer pela capital.
“Chamamos a coletiva juntos porque o que interessa é que o partido tenha candidatura própria, seja a minha, seja a do Tadeu, seja alguma outra”, contextualizou Dr. Rosinha.
Além dos dois deputados estiveram presentes à coletiva, que aconteceu na sede do diretório municipal do PT, presidentes de cinco das nove regionais do partido em que é dividida a cidade, e que assinam o manifesto pró-candidatura própria lançado pelo grupo.
“O ideal seria que todos os partidos lançassem candidatos, para que pudéssemos debater várias propostas, vários modelos. Esse modelo que está na cidade há 26 anos e continua hoje é um modelo esgotado”, defendeu Rosinha.
Para ele, o lançamento agora em julho do manifesto pró-candidatura própria não é precoce. “Não é pressa. É o tempo natural. Precisamos definir agora se teremos candidato próprio, para termos tempo de discutir programa de governo, articular uma chapa forte de vereadores e organizar a infraestrutura de campanha”, raciocinou.
Veneri seguiu a mesma linha: “O prefeito Luciano Ducci terá a máquina na mão e o apoio do governador Carlos Alberto Richa. Isso não pode ser subestimado. Se queremos competir é importante nos organizarmos o quanto antes”.
Para o deputado estadual, o fato de Curitiba ter hoje ministros importantes no governo federal, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações), é mais um incentivo à candidatura própria.
Ainda na noite de segunda-feira, os dois pré-candidatos promoveram um ato público em defesa da candidatura própria, também na sede do diretório municipal. No ato, que contou com a presença de uma centena de militantes, foi lançado o manifesto pró-candidatura.
Alianças - Tanto para Rosinha quanto para Veneri é improvável uma futura aliança do PT com o ex-tucano Gustavo Fruet (que se desvinculou do PSDB na semana passada) para concorrer às municipais. “Como qualquer cidadão, o Fruet tem o direito de ser filiado ao partido que achar mais conveniente, mas isso não significa um alinhamento automático conosco”, disse Veneri. “O PT precisa definir o seu rumo sem levar em conta o rumo dos outros”, completou Rosinha.
Debate político - De acordo com Dr. Rosinha, manifestações que têm ocorrido na cidade nos últimos meses demonstram um amadurecimento político por parte da sociedade curitibana. “São várias manifestações políticas, embora não partidárias, como as marchas da Liberdade e das Vadias, de iniciativa popular, principalmente da juventude. Isso indica um campo fértil para o debate político”, previu.
Veneri aproveitou para descartar o que chamou de “mito da baixa densidade eleitoral do PT no Paraná”. “Já governamos cidades como Maringá, Londrina e Ponta Grossa simultaneamente. Na mesma eleição [de 2000], perdemos em Curitiba por apenas 35 mil votos. Isso não confere com esse mito”, comparou. “Como partido, não temos só o direito, temos a obrigação de apresentar uma proposta alternativa para cidade”, argumentou.
Prazos - De acordo com os pré-candidatos, a intenção é conseguir até agosto uma manifestação expressa do partido não só a favor da candidatura própria, como também a definição de um calendário de planejamento. “Em outubro, no máximo, precisamos ter a definição do nome que irá concorrer”, antecipou Dr. Rosinha.

Prefeitura de Curitiba faz propaganda em jornal da mulher e sogro de Derosso .




Prefeitura de Curitiba publica desde 2007, sob a gestão de Beto Richa (PSDB), anúncios publicitários em um jornal criado pela mulher e pelo sogro do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB); prática teve continuidade com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB)
Assessoria de Imprensa Dr. Rosinha
A Prefeitura de Curitiba publica desde 2007 anúncios publicitários em um jornal criado pela mulher e pelo sogro do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB).
A primeira edição do jornal, intitulado “Curitiba in English” e inteiramente escrito em inglês, foi publicada em novembro de 2007. Parte do conteúdo está disponível na internet, no endereço http://curitibainenglish.com.br.
No expediente, “Nelson G.Santos” (Nelson Gonçalves dos Santos, sogro de Derosso) aparece como editor e “Cláudia Queiroz” (Cláudia Queiroz Guedes, esposa do vereador) como jornalista do veículo.
“É preciso que o Ministério Público investigue também este jornal da família Derosso, do qual eu sinceramente nunca tinha sequer ouvido falar”, defende o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), que anteontem acionou o MP sobre o escândalo que envolve o vereador tucano. “Quem sabe, além da prefeitura, a Câmara de Curitiba também tenha colocado algum dinheiro nesse jornal. É preciso apurar.”
Até o último mês de junho, teriam sido publicadas 35 edições do “Curitiba in English” –32 delas estão disponíveis online.
Em praticamente todas as edições há peças publicitárias da Prefeitura de Curitiba, algumas com duas páginas. A administração municipal revela-se a principal anunciante do periódico. Em alguns exemplares, a única.
Os anúncios começaram na gestão do ex-prefeito Beto Richa (PSDB), atual governador do Paraná, e tiveram continuidade com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB).
A maioria dos anúncios da prefeitura é escrito em inglês. “Curitiba never stops” (Curitiba nunca para) e “Family is everything” (Família é tudo) são alguns dos slogans traduzidos do português. “Esta é a Curitiba para inglês ver. Pelo menos tem aí uma verdade: para o grupo que está na prefeitura, família é tudo. A família deles, no caso. O nepotismo, direto e cruzado, é prática generalizada”, dispara Dr. Rosinha.
A última edição traz o nome do prefeito Luciano Ducci (PSB) na manchete principal: “Mayor Luciano Ducci Announces Hybrid Bus and Investments of R$ 200 million” (Prefeito Luciano Ducci anuncia ônibus híbrido e investimentos de R$ 200 milhões).
Numa rápida consulta ao arquivo do “Curitiba in English”, percebe-se também fotos de Derosso e vários textos elogiosos tanto sobre a prefeitura quanto a respeito da Câmara Municipal de Curitiba.
Pelo cancelamento da nova licitação
Dr. Rosinha informa que irá anexar os novos documentos em seu pedido de providências ao MP, protocolado na segunda-feira (18). “Os promotores precisam investigar esse caso detalhadamente, analisar cada peça publicitária, porque na minha avaliação não houve publicidade institucional ou de utilidade pública por parte da Câmara Municipal. Houve promoção pessoal dos vereadores.”
O deputado federal petista também defende a mobilização dos movimentos sociais e o cancelamento da nova licitação em curso, que prevê um gasto anual de R$ 4,8 milhões da Câmara de Curitiba em publicidade. “Os vereadores de Curitiba, se tiverem um mínimo de seriedade, vão abrir uma investigação. E a nova licitação deve ser suspensa imediatamente”, avalia Dr. Rosinha.
“Cabe aos movimentos sociais, sindicatos e demais organizações mobilizar os curitibanos, gritar Fora Derosso e defender uma nova Câmara Municipal, que não mais envergonhe a cidade.”
Prefeitura de Curitiba publica desde 2007, sob a gestão de Beto Richa (PSDB), anúncios publicitários em um jornal criado pela mulher e pelo sogro do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB); prática teve continuidade com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB)
Assessoria de Imprensa Dr. Rosinha
A Prefeitura de Curitiba publica desde 2007 anúncios publicitários em um jornal criado pela mulher e pelo sogro do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB).
A primeira edição do jornal, intitulado “Curitiba in English” e inteiramente escrito em inglês, foi publicada em novembro de 2007. Parte do conteúdo está disponível na internet, no endereço http://curitibainenglish.com.br.
No expediente, “Nelson G.Santos” (Nelson Gonçalves dos Santos, sogro de Derosso) aparece como editor e “Cláudia Queiroz” (Cláudia Queiroz Guedes, esposa do vereador) como jornalista do veículo.
“É preciso que o Ministério Público investigue também este jornal da família Derosso, do qual eu sinceramente nunca tinha sequer ouvido falar”, defende o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), que anteontem acionou o MP sobre o escândalo que envolve o vereador tucano. “Quem sabe, além da prefeitura, a Câmara de Curitiba também tenha colocado algum dinheiro nesse jornal. É preciso apurar.”
Até o último mês de junho, teriam sido publicadas 35 edições do “Curitiba in English” –32 delas estão disponíveis online.
Em praticamente todas as edições há peças publicitárias da Prefeitura de Curitiba, algumas com duas páginas. A administração municipal revela-se a principal anunciante do periódico. Em alguns exemplares, a única.
Os anúncios começaram na gestão do ex-prefeito Beto Richa (PSDB), atual governador do Paraná, e tiveram continuidade com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB).
A maioria dos anúncios da prefeitura é escrito em inglês. “Curitiba never stops” (Curitiba nunca para) e “Family is everything” (Família é tudo) são alguns dos slogans traduzidos do português. “Esta é a Curitiba para inglês ver. Pelo menos tem aí uma verdade: para o grupo que está na prefeitura, família é tudo. A família deles, no caso. O nepotismo, direto e cruzado, é prática generalizada”, dispara Dr. Rosinha.
A última edição traz o nome do prefeito Luciano Ducci (PSB) na manchete principal: “Mayor Luciano Ducci Announces Hybrid Bus and Investments of R$ 200 million” (Prefeito Luciano Ducci anuncia ônibus híbrido e investimentos de R$ 200 milhões).
Numa rápida consulta ao arquivo do “Curitiba in English”, percebe-se também fotos de Derosso e vários textos elogiosos tanto sobre a prefeitura quanto a respeito da Câmara Municipal de Curitiba.
Pelo cancelamento da nova licitação
Dr. Rosinha informa que irá anexar os novos documentos em seu pedido de providências ao MP, protocolado na segunda-feira (18). “Os promotores precisam investigar esse caso detalhadamente, analisar cada peça publicitária, porque na minha avaliação não houve publicidade institucional ou de utilidade pública por parte da Câmara Municipal. Houve promoção pessoal dos vereadores.”
O deputado federal petista também defende a mobilização dos movimentos sociais e o cancelamento da nova licitação em curso, que prevê um gasto anual de R$ 4,8 milhões da Câmara de Curitiba em publicidade. “Os vereadores de Curitiba, se tiverem um mínimo de seriedade, vão abrir uma investigação. E a nova licitação deve ser suspensa imediatamente”, avalia Dr. Rosinha.
“Cabe aos movimentos sociais, sindicatos e demais organizações mobilizar os curitibanos, gritar Fora Derosso e defender uma nova Câmara Municipal, que não mais envergonhe a cidade.”

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bancada do PT teme privatização da Copel e Sanepar

Através de emendas ao projeto da Agepar, bancada do PT quer impedir que setores de energia e saneamento sejam controlados por terceiros
Liderança do PT na Alep
 
A bancada do PT apresentará emendas ao projeto de Lei 361/2011 que amplia e instala uma Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar). A matéria poderá ser votada em plenário na semana que vem. Um substitutivo geral já foi apresentado na Comissão de Obras.
 
O objetivo dos petistas é impedir que os setores de energia e saneamento atendidos pela Copel e Sanepar, empresas cujo controle encontra-se sob orientação do Estado, sejam reguladas pela Agepar. “Não há necessidade de o Estado regular o próprio Estado”, explica o deputado Elton Welter (PT), membro da Comissão de Obras e propositor de uma audiência púbica que buscou esclarecer os mistérios que rondam a instalação da Agepar.
 
Os petistas não veem sentido da inclusão de setores de energia elétrica e saneamento na agência reguladora, uma vez que no caso da Energia, o controle é feito pela Aneel e o abastecimento de água é realizado pelos municípios. “Não há sentido no Estado querer regular o próprio Estado. A menos que o caminho que está sendo preparado seja abrir mão do controle estatal da Sanepar e da Copel. E essa é uma questão que preocupa todos os paranaenses”, explicam os deputados do PT.
 
Para evitar mudanças futuras na administração pública de energia elétrica, água e na área portuária, o PT suprime da redação da lei a inclusão da Copel e Sanepar e dos portos paranaenses. Também amplia o controle social dentro das agências reguladoras, abrindo espaço no conselho deliberativo da Agepar para a Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público, Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia, Federação as Indústrias do Estado do Paraná, Conselho Regional de Economia, Organização das Cooperativas do Paraná e Sindicatos dos Engenheiros do Paraná, que poderão fazer consultas públicas sobre temas como mudança de contrato e tarifa. Outra mudança é a retirada da taxa mensal de 0,5% receita operacional bruta, tirando o caráter arrecadador da agência, com o fim  das taxas.
 
“Por que criar uma agência estadual se os serviços que pretende regular já são fiscalizados pelas agências federais? Por que criar uma agência para regular os serviços prestados pelo próprio governo? O governo estaria preparando o terreno para outorgar à iniciativa privada alguns dos serviços que hoje são prestados pelas empresas sob seu controle acionário- caso da Copel, Sanepar, Compagás, Celepar, APPA e outras?”, questionam os petistas
 
Principais mudanças no texto da lei:
*Retira os serviços de saneamento, energia elétrica e área portuária
*Amplia o controle social dentro das agências reguladoras
*Acaba com a taxa mensal de 0,5 da receita operacional bruta

Welter: volta de Romanelli mostra que governo não confia no apoio da base

Assessoria de Imprensa Elton Welter
O deputado Elton Welter (PT)  ironizou a atitude do governo Beto Richa, que para assegurar um voto no candidato oficial à eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas chamou de volta à Assembléia o secretário do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli.
“Ao que parece, o governo não tem certeza da eleição de seu ‘escolhido’ Ivan Bonilha para o Tribunal de Contas. Se tivesse confiança sobre o apoio da base do governo, não teria chamado de volta o Romanelli. Faço questão de declarar que meu voto seria do deputado Augustinho Zucchi.”
A atitude do governo em chamar de volta um secretario à Assembléia, para garantir um voto favorável, lembra Welter, não é inédita. “O governador Beto Richa, durante a campanha eleitoral, negou qualquer vínculo com o lernismo, mas age agora exatamente igual ao ex-governador Jaime Lerner, que fez Nelson Justus voltar à Assembleia, quando ocupava o cargo de secretario, para votar favoravelmente ao governo na questão da venda da Copel. A história se repete, agora”, disse Welter.
O deputado petista  não acredita que os questionamentos que tem feito sobre a agência reguladora tenham contribuído para a decisão . “ O governo diz que está aberto ao diálogo, mas especialmente no caso da agência reguladora prefere manter-se num conveniente silêncio, sem dar à sociedade ou aos deputados as explicações sobre suas reais intenções. Para um governo que diz querer o diálogo, essas atitudes mostram despreparo político, pouca disposição para o debate e falta de confiança nos deputados que integram a base”, analisa.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

48,7 MILHÕES SOBEM DE VIDA EM OITO ANOS.






48 milhões escalam a pirâmide

Autor(es): ULLISSES CAMPBELL
Do Correio Braziliense – 28/06/2011
Segundo a FGV, em oito anos, milhões de brasileiros migraram para as classes A, B e C. Brasília é a sexta cidade com mais rico
Estudo mostra que só no Brasil economia cresce com redução das desigualdades sociais
São Paulo — Uma pesquisa inédita divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que pelo menos 48,7 milhões de brasileiros emergiram da base da pirâmide social e passaram a respirar ares das classes A, B e C nos últimos oito anos. O estudo abrange os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os cinco primeiros meses da gestão da sua sucessora, Dilma Rousseff. Somente na classe C, na qual, para entrar, é preciso ganhar entre R$ 1.200 e R$ 5.174 mensais, aportaram 39,5 milhões de brasileiros no período, representando um aumento de 46,57% nesse contingente.
“O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas geradas num ano) e a estabilidade da economia são os dois maiores fatores que fizeram as classes mais altas engordarem”, avaliou o professor Marcelo Neri, coordenador da pesquisa Os emergentes dos emergentes. Com o aumento das parcelas de maior renda, ocorreu uma redução de 54,18% nas classes da base da pirâmide. Ao detalhar o encolhimento da população carente, o estudo revelou que houve uma queda de 15,9% na pobreza nos dois últimos anos. “Os benefícios sociais do governo foram o que mais resgatou brasileiros da pobreza.”
Da classe D saíram 7,9 milhões de brasileiros em 8 anos, aportando em um lugar mais alto da classificação do brasileiro por ganhos salariais (veja quadro abaixo). O brasiliense Leandro Guarda, 28 anos, é um exemplo perfeito de ascensão social. Em 2003, ele trabalhava no Ministério da Fazenda e ganhava R$ 260. Oito anos depois, ele fez um concurso público, tornou-se procurador federal e conseguiu multiplicar seus rendimentos mensais por 65. Hoje, uma camisa que ele compra numa loja de marca chega a custar mais do que todo o salário que recebia há 8 anos.
“Já fui à França, aos Estados Unidos e à Argentina”, contou Leandro, ao relacionar o que faz, agora que pertence à classe A. Uma das mudanças mais significantes na vida do procurador foi ter saído de Samambaia direto para a Asa Sul. Nos dois rankings feitos pelo estudo apontando as cidades que mais concentram ricos, Brasília está bem colocada. Entre as capitais, é a quarta que mais abriga habitantes nas classes A, B e C. Entre todas as cidades, é a sexta. Segundo a pesquisa, 24,3% dos moradores da capital federal estão nas classes mais altas da pirâmide social.
Na avaliação de Marcelo Neri, quem mora na capital do país acaba subindo na vida por causa da tradição dos concursos públicos. “Em geral, o brasiliense não é um povo empreendedor”, definiu. A empresária Márcia Mendes, 31 anos, discorda do professor da FGV. Ela usa o seu exemplo pessoal para mostrar que o brasiliense tem vocação para o empreendedorismo. Em 2003, Márcia era servidora do Governo do Distrito Federal e ganhava R$ 1,1 mil, ou seja, estava na classe D. No ano seguinte, montou uma escola pequena para dar aulas de idiomas e hoje mantém seis unidades de médio porte espalhadas por cidades do DF. No ano que vem, vai abrir a sétima em Formosa (GO). No fim do mês, seus rendimentos chegam a R$ 25 mil.
Educação – “Tenho ainda duas lojas de roupas femininas que herdei da minha mãe”, disse Márcia. Para Marcelo Neri, além do crescimento da renda e da queda da desigualdade, a educação é apontada como outro fator que colabora para o aumento da classe C. “A nossa pesquisa mostra que, só pelo efeito da educação, se tudo se mantiver constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que já seria bastante”, ressaltou. Outra conclusão do professor: dos países emergentes, apenas o Brasil registra crescimento econômico acompanhado de redução das desigualdades sociais. “Em uma década, a renda real per capita dos mais ricos no Brasil cresceu 10%, enquanto a dos mais pobres aumentou 68%.”

Bancada do PT é contra supersecretarias da família Richa

      A bancada do PT votará contra o projeto do governo Beto Richa de criar supersecretarias de infraestrutura e logística da Família e Desenvolvimento Social, que esta na pauta desta terça-feira.21, no plenário da Assembleia Legislativa. As supersecretarias serão comandadas pelo irmão do governador, José Richa Filho e pela primeira-dama, Fernanda Richa.  Para a líder da bancada, deputada Luciana Rafagnin, as supersecretarias representam concentração de poder da família de Beto Richa, que comandará quase 80% do orçamento estadual. “O que estamos vendo não é um novo modelo de gestão pública, e sim uma prática ultrapassada que concentra poder na família do governador.”,aponta.  A proposta que o governador enviou à Assembleia Legislativa sugere a implosão da Secretaria da Criança e da Juventude, que passa a se chamar Secretaria da Família e do Desenvolvimento Social. A nova pasta irá coordenar toda a área de assistência social, gerenciando os programas sociais do governo federal no Paraná, entre eles o Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – Compra Direta, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e Brasil Sem Miséria.  O projeto ainda prevê a dissolução das Secretarias de Obras Públicas e dos Transportes. Elas serão unificadas na Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística. A pasta ficará encarregada por planejar e executar a estruturação física do Paraná: rodovias, ferrovias e aeroportos, além de subordinar importantes órgãos estatais como o Porto de Paranaguá, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

EM NOTA , LULA DESTACA DEDICAÇÃO DE ITAMAR Á VIDA PÚBLICA



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou
nota de pesar pela morte do ex-presidente e
senador Itamar Franco (PSDB-MG), neste
sábado, 2.

Lula destacou a dedicação de Itamar à vida
pública e o modo como coordenou a política
econômica do País quando assumiu a
presidência, em 1992. Abaixo, a íntegra
da nota, assinada por Lula e por sua
esposa, Marisa Letícia:

“O senador e ex-presidente Itamar Franco foi um grande democrata, com
uma vida pública dedicada ao Brasil. Mesmo nos momentos de divergência
política mantivemos uma relação de profundo respeito e diálogo. Quando
assumiu a presidência em um momento conturbado, em 1992, teve sabedoria
para dialogar com toda a sociedade brasileira e ajudou o país a entrar em
uma rota positiva na política,na economia e no social. No seu governo
implementou o Plano Real, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar
(Consea) e engajou o governo federal no combate à fome, com o apoio a
Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, junto ao
sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. A contribuição de Itamar Franco
foi fundamental para a construção coletiva de um país democrático, mais
justo e sem pobreza. Nesse momento de tristeza, prestamos solidariedade
aos seus familiares e amigos.”