19/07/2011
O deputado federal Dr. Rosinha e o deputado estadual Tadeu Veneri defenderam na tarde de segunda-feira (18), em coletiva de imprensa, a necessidade de o PT lançar candidatura própria à prefeitura de Curitiba em 2012. Tanto Rosinha quanto Veneri já se colocaram à disposição do partido para concorrer pela capital.
“Chamamos a coletiva juntos porque o que interessa é que o partido tenha candidatura própria, seja a minha, seja a do Tadeu, seja alguma outra”, contextualizou Dr. Rosinha.
Além dos dois deputados estiveram presentes à coletiva, que aconteceu na sede do diretório municipal do PT, presidentes de cinco das nove regionais do partido em que é dividida a cidade, e que assinam o manifesto pró-candidatura própria lançado pelo grupo.
“O ideal seria que todos os partidos lançassem candidatos, para que pudéssemos debater várias propostas, vários modelos. Esse modelo que está na cidade há 26 anos e continua hoje é um modelo esgotado”, defendeu Rosinha.
Para ele, o lançamento agora em julho do manifesto pró-candidatura própria não é precoce. “Não é pressa. É o tempo natural. Precisamos definir agora se teremos candidato próprio, para termos tempo de discutir programa de governo, articular uma chapa forte de vereadores e organizar a infraestrutura de campanha”, raciocinou.
Veneri seguiu a mesma linha: “O prefeito Luciano Ducci terá a máquina na mão e o apoio do governador Carlos Alberto Richa. Isso não pode ser subestimado. Se queremos competir é importante nos organizarmos o quanto antes”.
Para o deputado estadual, o fato de Curitiba ter hoje ministros importantes no governo federal, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações), é mais um incentivo à candidatura própria.
Ainda na noite de segunda-feira, os dois pré-candidatos promoveram um ato público em defesa da candidatura própria, também na sede do diretório municipal. No ato, que contou com a presença de uma centena de militantes, foi lançado o manifesto pró-candidatura.
Alianças - Tanto para Rosinha quanto para Veneri é improvável uma futura aliança do PT com o ex-tucano Gustavo Fruet (que se desvinculou do PSDB na semana passada) para concorrer às municipais. “Como qualquer cidadão, o Fruet tem o direito de ser filiado ao partido que achar mais conveniente, mas isso não significa um alinhamento automático conosco”, disse Veneri. “O PT precisa definir o seu rumo sem levar em conta o rumo dos outros”, completou Rosinha.
Debate político - De acordo com Dr. Rosinha, manifestações que têm ocorrido na cidade nos últimos meses demonstram um amadurecimento político por parte da sociedade curitibana. “São várias manifestações políticas, embora não partidárias, como as marchas da Liberdade e das Vadias, de iniciativa popular, principalmente da juventude. Isso indica um campo fértil para o debate político”, previu.
Veneri aproveitou para descartar o que chamou de “mito da baixa densidade eleitoral do PT no Paraná”. “Já governamos cidades como Maringá, Londrina e Ponta Grossa simultaneamente. Na mesma eleição [de 2000], perdemos em Curitiba por apenas 35 mil votos. Isso não confere com esse mito”, comparou. “Como partido, não temos só o direito, temos a obrigação de apresentar uma proposta alternativa para cidade”, argumentou.
Prazos - De acordo com os pré-candidatos, a intenção é conseguir até agosto uma manifestação expressa do partido não só a favor da candidatura própria, como também a definição de um calendário de planejamento. “Em outubro, no máximo, precisamos ter a definição do nome que irá concorrer”, antecipou Dr. Rosinha.
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