Presidente Dilma Rousseff vai à cerimônia de anúncio do PAC Equipamentos, em Brasília.
BRASÍLIA, 29 Jun (Reuters) - A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu ao maior nível desde o início do mandato, puxada por uma melhora na avaliação das políticas econômicas, sobretudo em relação aos juros, apesar do ritmo mais lento da economia brasileira, apontou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.
O total dos que consideram o governo ótimo ou bom subiu a 59 por cento, ante 56 por cento do levantamento de março. Os que avaliam como regular passou para 32 por cento, ante 34 por cento, e a taxa dos que consideram ruim ou péssimo manteve-se em 8 por cento.
A alta foi influenciada por uma melhora na avaliação na área econômica, sobretudo em relação à taxa de juros, que reverteu desaprovação verificada desde o início do mandato.
O percentual de aprovação nesta área subiu para 49 por cento, ante 33 por cento em março. Já o nível de desaprovação caiu a 41 por cento, ante 55 por cento.
A melhora na percepção ocorre após os seguidos cortes no juro básico da economia pelo Banco Central e a ofensiva do governo para reduzir as taxas cobradas por bancos aos consumidores.
A desaceleração da economia brasileira e a piora do cenário externo devido à crise internacional não afetaram a avaliação do governo, segundo a pesquisa.
"Aparentemente isso não impactou a percepção em relação à economia. Eles (entrevistados) não estão sentindo essa crise muito forte. Ainda não se transfere para (a avaliação do) governo uma piora na economia", disse a jornalistas o gerente-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, Renato da Fonseca.
A avaliação de políticas de combate à inflação também apresentou melhora em relação a março -período do ano em que a taxa sofre pressão por reajustes em impostos e serviços. O nível dos que aprovam subiu de 42 por cento para 46 por cento, e os que desaprovam caiu de 50 por cento para 47 por cento.
O percentual da população que desaprova a política de impostos seguiu elevada, mas caiu de 65 por cento para 61 por cento. O nível dos que aprovam subiu de 28 por cento para 31 por cento.
Áreas como educação e saúde tiveram piora na avaliação, sendo desaprovadas pelos entrevistados. Segurança pública e combate ao desemprego mantiveram-se estáveis.
A aprovação pessoal de Dilma manteve-se estável em seu maior nível desde o início do mandato, em 77 por cento. Os que desaprovam passaram de 19 por cento para 18 por cento. Já a confiança em Dilma manteve-se estável em 72 por cento, e os que não confiam passaram de 24 por cento para 25 por cento.
A pesquisa foi realizada com 2.002 entrevistados em 141 municípios entre 16 e 19 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
internacional vai perder. Segundo ela, o governo possui um arsenal de medidas que podem ser
utilizadas quando for necessário para combater os efeitos da crise.
Enfrentaremos novas dificuldades com transparência, sem esconder os problemas, mas
com metódica e cuidadosa ação governamental (…) O Brasil vai se manter no rumo,
as medidas necessárias estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências
que serão adotadas quando necessário”.
sabedoria e melhores instrumentos. A presidenta afirmou que, sistematicamente, serão
adotadas
medidas para expandir o investimento público e estimular o investimento privado e o
consumo das famílias.
do Planalto, Dilma afirmou ainda que a crise econômica internacional não pode
servir de pretexto para interromper a proteção ao meio ambiente.
sustentável. A crise não pode ser um argumento para que se interrompam as medidas de
proteção ao meio ambiente, como não pode ser um argumento para que se interrompam as
políticas de inclusão social”.