Representantes de 120 países participam de 19 a 21 de outubro, no Rio de Janeiro, da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo do encontro é discutir os efeitos dos investimentos sociais na área da saúde pública. Em entrevista coletiva antes da abertura do evento, a diretora-geral da OMS, Margaret Cha, citou o Brasil como exemplo de País que está fazendo investimentos para buscar a redução das desigualdades sociais.
De acordo com Margaret, os países precisam ampliar políticas em áreas como educação, emprego e redução das desigualdades para melhorar a saúde das populações. Segundo a diretora-geral da OMS, no atual momento, em que o mundo passa por uma crise econômica, é importante que governos mantenham investimentos sociais.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, presente no evento, destacou a importância de o Brasil sediar o evento, que é a maior conferência da OMS nos últimos 30 anos. Segundo ele, o País tem uma tradição de compromisso com a saúde, que vem desde a Constituição de 1988, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Padilha disse que, nos últimos anos, os investimentos do governo brasileiro na área social, como saneamento, habitação e combate a fome, contribuíram para a melhoria de indicadores de saúde. Como exemplo, o ministro citou a redução dos índices de tuberculose no País, provocada pela redução da pobreza e pela política habitacional adotada pelo governo.
O ministro também comentou o Atlas de Saneamento 2011, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento mostra que ainda há muitos municípios sem saneamento adequado no País. “O saneamento já é uma questão prioritária no Brasil. Avançamos nos últimos anos e certamente esses números serão melhores com as ações do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC 1 e do PAC 2, porque são dados de 2008. Para nós é fundamental a ampliação dos serviços de saneamento”.
Em relação à dengue, Padilha disse que o governo federal tem orientado estados e municípios a começar a se preparar para o próximo verão, período em que ocorrem as epidemias da doença no País. Segundo ele, é importante que os governos locais comecem a identificar residências com focos do mosquito, a planejar campanhas educativas e a preparar seus serviços de saúde. Segundo ele, o Ministério da Saúde poderá ampliar em até 20% os recursos para municípios que cumpram as metas estabelecidas pelo governo federal, de acordo com política lançada no último mês.
(Agência Brasil)
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