sábado, 22 de outubro de 2011
Em Curitiba, ministro defende SUS e inaugura nova unidade de saúde
Vestido com uma jaqueta do SUS, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou na noite de segunda-feira (17), no Centro de Convenções de Curitiba, da 10ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná. Em seu pronunciamento, o ministro defendeu o Sistema Único de Saúde.
“É claro que o SUS precisa melhorar, mas devemos ter orgulho do SUS. Somos o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que aceitou o desafio de criar um sistema de saúde universal”, afirmou Padilha.
Foi a primeira visita oficial de Padilha ao Paraná desde que se tornou ministro, no início do ano. O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) também esteve presente na abertura da Conferência.
O ministro Padilha ilustrou a importância do SUS citando o exemplo dos hemocentros. De acordo com ele, antes da Constituição de 1988, que criou o Sistema Único, havia clínicas privadas que comercializavam sangue para transfusões, inclusive pagando por doações. “Hoje, mesmo um paciente que se interna em uma clínica privada, só sabe que o sangue que possivelmente receberá é de qualidade, sem infecções, porque existem os hemocentros do Sistema Único de Saúde”, destacou.
Para Padilha, a atenção básica é uma das premissas para que os brasileiros tenham acesso a uma saúde de qualidade. Por isso, de acordo com ele, o governo Dilma vai investir principalmente em três eixos: unidades de atenção básica à saúde, formação de médicos e outros profissionais e garantia de direitos para os trabalhadores da área.
Investimentos
Na manhã de terça-feira (18), Alexandre Padilha participou da inauguração de uma nova unidade de atenção básica à saúde em Curitiba, construída com a participação de recursos do Governo Federal, no bairro Barreirinha.
A nova unidade tem 510 metros quadrados e capacidade para atender três mil usuários do SUS por mês em serviços gratuitos de pediatria, ginecologia, clínica geral, enfermagem e odontologia. A União investiu cerca de R$ 400 mil e ainda repassará recursos mensais para custear os serviços.
De acordo com os números apresentados por Padilha, no Paraná outras 90 unidades semelhantes estão em construção. O ministério prevê também, em todo o país, a ampliação de 15 mil unidades e a reforma de outras oito mil.
“E não é qualquer investimento, qualquer ampliação, qualquer reforma. Precisamos parar com essa ideia de que as unidades públicas são todas feias, apertadas, sem espaço. Nossas unidades têm que ter qualidade, fazer inveja a muita clínica particular”, ponderou Padilha.
O ministro anunciou ainda um esforço conjunto dos ministérios da Saúde e da Educação para a abertura de quatro mil vagas de residência médica, em especialidades consideradas prioritárias pelo Ministério da Saúde.
“Não é verdade que no Brasil sobram médicos. Precisamos cada vez mais de pediatras, geriatras, neurocirurgiões, anestesiologistas, entre outros. Vamos entrar cada vez mais em campo com o MEC. Temos um plano estratégico para a abertura de vagas no interior”, anunciou.
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