O orçamento do Programa
Bolsa Família aumentará em 60% de 2010 para 2013, passando de R$ 14
bilhões para R$ 23 bilhões, para atender 13,7 milhões de
famílias (dado de novembro deste ano). A Ação Brasil Carinhoso,
expandida para elevar a renda das famílias com crianças até 15 anos,
representa uma adição de R$ 1,74 bilhão ao programa. “Com o Brasil
Carinhoso, enfrentamos uma das faces mais cruéis da miséria, aquela que
atinge a infância”, acrescentou a ministra do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, Tereza Campello.
Além de atender as
crianças, o Brasil Carinhoso coloca a taxa de miséria dessa fase etária
num patamar semelhante ao dos mais velhos. Sem a ação, a pobreza dos
menores de seis anos é quatro vezes maior do que a observada entre os
que têm mais de 60 anos. “O Censo 2010 mostrava que 42% dos extremamente
pobres tinham menos de 15 anos. Não temos como tirar as crianças da
miséria sem retirar toda a família. Os resultados obtidos nos levaram a
ampliar o Brasil Carinhoso.”
Até
junho passado, a dona de casa Mary Lúcia de Lima dos Santos, de
Fortaleza (CE) vivia em situação de extrema pobreza. “Tinha dias que nem
café a gente tinha.” Com 12 filhos e cinco netos, quatro deles com
idade abaixo dos 15 anos, Mary Lúcia passou a receber a complementação
financeira, o que lhe garante um valor mínimo de R$ 70 mensais para cada
um dos integrantes da família.
Com a complementação, a
vida de Mary Lúcia melhorou. Hoje, a alimentação dos filhos da dona de
casa cearense tem leite, carne e frutas. “Estou me sentindo com uma vida
de rainha. Carne, só rico comia.”
Brasil alcançou meta para queda na mortalidade infantil em 2010
A revisão das taxas de
mortalidade com base nos dados do Censo 2010, pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o Brasil alcançou, já em
2010, o quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM): o de
reduzir a mortalidade de crianças menores de cinco anos em dois terços,
até 2015, tendo 1990 como ano-base. Em 1990, esta taxa era de 59,6 por
mil e dois terços deste valor representariam uma redução de 39,7 por
mil, chegando em 2015 com uma taxa de 19,9 por mil. A taxa de
mortalidade na infância revisada para 2010 foi de 19,4 por mil, abaixo,
portanto, desse patamar.
A taxa de mortalidade
infantil (crianças menores de um ano) para o Brasil, em 2011, foi
estimada em 16,1 óbitos por mil nascidos vivos, indicando queda de 76,7%
no período de 1980/2011. O mesmo comportamento foi observado na taxa de
mortalidade da infância (crianças menores de cinco anos), que caiu 49%:
de 36,6 por mil de 2000 para 18,7 por mil em 2011.
Fonte: Secom
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